Atualmente são inúmeras as aplicações da injeção de polímeros para a sociedade. O processo é usado, por exemplo, para a fabricação de carcaças de eletrônicos, brinquedos, para-choques de automóveis e até seringas, e consiste no aquecimento do material termoplástico, que entra na máquina no estado sólido (geralmente em pó ou granulos), até que ocorra sua plastificação (fusão) para que possa finalmente ser injetado em um molde à temperatura mais baixa e retornar ao estado sólido no formato do produto desejado. Desde sua criação até hoje, devido ao aumento da demanda de injetados na sociedade e a competitividade do mercado, as injetoras sofreram e sofrem um longo processo de automação, que tem por finalidade, principalmente, aumentar a produtividade e a qualidade do processo, sem que uma deixe de existir pela outra, e vice-versa.

    HISTÓRIA DO PROCESSO      

A história da moldagem de polímeros por injeção teve início na segunda metade do século IX quando o Americano John Wesley Hyatt começou a estudar a fundo as aplicações do nitrato de celulose. O intuito de Hyatt com as experiências era encontrar uma maneira de substituir a matéria prima das bolas de bilhar, que até então era o marfim (material cada vez mais raro devido aos abates em grande escala dos elefantes), pela substância em questão, visto que naquela época nos Estados Unidos a companhia que fabricava bolas de bilhar, Phelan & Collander, havia instituído um prêmio de 10 mil dólares à pessoa que descobrisse o composto capaz de substituir o marfim. Hyatt não ganhou o prêmio devido a instabilidade do produto, contudo, após alguns anos de estudo ele desenvolveu um método de cobertura de bolas de bilhar com acréscimo de colódio (substância viscosa proveniente do nitrato de celulose) e, percebendo a aplicabilidade do composto, ele investiu fortemente no material e desenvolveu a maquinaria necessária para a produção de diversos objetos a base de nitrocelulose. Assim nasceu a primeira injetora, constituída por uma prensa manual, cilindro com sistema de aquecimento a vapor, êmbolo e molde.

          Com o aumento da necessidade de peças injetadas no cotidiano das pessoas, veio a evolução das máquinas injetoras para a automação do processo, tornando-o mais eficiente e confiável. Quando o processo de injeção de polímeros estava no início de sua história, quase todas as funções da injetora eram realizadas manualmente mas, no início da década de 70 a eletrônica ganhou espaço na automação iniciando a era da robótica industrial. Foi nesse período que ocorreu a mudança mais impactante no processo de injeção de polímeros, a adição do microprocessador e do controlador lógico programável (CLP) nas injetoras. Composto por software e hardware, o microprocessador tem por finalidade tornar o processo mais automatizado e rápido, tornando fácil e quase instantânea a mudança de alguns parâmetros do processo, como a temperatura das resistências e a pressão de injeção, pela simples digitação dos respectivos valores no computador acoplado a máquina.

        VANTAGENS DO PROCESSO  

Quando comparado com outros processos de moldagem, rotomoldagem, por exemplo, a injeção de polímeros apresenta um elevado número de vantagens. Dentre as vantagens do processo de injeção se destacam: alta produtividade (processo relativamente rápido, com ciclos curtos); grande precisão dimensional, fazendo com que peças produzidas não necessitem de muito acabamento; baixo custo de matéria prima; e a possibilidade de reutilização de excessos de polímero que podem vir a sobrar do processo. Até hoje, a injeção de polímeros passou por grandes mudanças que impactaram positivamente a produção de plástico no mundo, tornando o processo melhor a cada dia em prol do desenvolvimento.

Autor: Ian Assis

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