Você já se perguntou como a NASA desenvolve seus produtos e projetos atualmente? Criado em 1974, ela utiliza do método TRL (Technology Readiness Level), que traduzindo para o português seria o Nível de Prontidão Tecnológica, que avalia o nível de maturidade de uma determinada tecnologia, através de uma escala.

TRL níveis TRL1 ao TRL3: conceito

Existem um total de nove níveis de Prontidão Tecnológica (TRL1 ao TRL9). Quando a tecnologia está em TRL 1, a pesquisa científica está começando e esses resultados estão sendo traduzidos em pesquisas e desenvolvimentos futuros.

O TRL 2 ocorre uma vez que os princípios básicos tenham sido estudados e as aplicações práticas possam ser incorporadas a essas descobertas iniciais. A tecnologia TRL 2 é muito especulativa, pois há pouca ou nenhuma prova experimental de conceito para a tecnologia.

Quando a pesquisa ativa e o projeto começam, uma tecnologia é elevada ao TRL 3. Geralmente, estudos analíticos e laboratoriais são necessários neste nível para verificar se uma tecnologia é viável e está pronta para prosseguir no processo de desenvolvimento. Muitas vezes, durante o TRL 3, um modelo de prova de conceito é construído.

TRL4 a TRL7: protótipo e validação

Assim que a tecnologia de prova de conceito estiver pronta, a tecnologia avança para TRL 4. Durante o TRL 4, vários componentes são testados entre si. O TRL 5 é uma continuação do TRL 4, no entanto, uma tecnologia que está em 5 é identificada como uma pronta para testes em ambiente simulado. As simulações devem ser executadas em ambientes o mais próximos do realista que possível. Uma vez que o teste do TRL 5 esteja completo, uma tecnologia pode avançar para o TRL 6. Uma tecnologia TRL 6 tem um protótipo ou modelo representacional totalmente funcional.

TRL8 e TRL9: produção. Infográficos baseados no material de Alexandre Affonso.

A tecnologia TRL 7 requer que o modelo de trabalho ou protótipo seja demonstrado em um ambiente real. A tecnologia TRL 8 foi testada e qualificada em condições reais e está pronta para implementação em uma tecnologia ou sistema de tecnologia já existente. Uma vez que uma tecnologia tenha sido comprovada em uma prática bem-sucedida, ela pode ser chamada de TRL 9 e está apta a ir ao mercado.

Exemplo de TRL8: Foguete em projétil não tripulado

Os níveis de TRL são usualmente agrupados, visando sua utilização e o melhor entendimento dos estágios e transição entre eles definidos. Há uma divisão do TRL em 5 grupos, diretamente relacionados ao ciclo de vida e ao custo de um projeto de inovação tecnológica: pesquisa básica, pesquisa aplicada, desenvolvimento experimental, industrialização, produção e comercialização.

Expansão da ideia da TRL pelo mundo

A prática  do TRL como padronização das entregas foi muito bem recebida, sendo trazida mundialmente e expandida a uma variedade de setores, até que a norma ISO 16290: 2013 consolidou a aplicação em níveis formais. Posteriormente, chegou ao Brasil sua adaptação, com a norma NBR ISO 16290: 2015. A EME Jr. aplica essa metodologia adaptada em seus serviços de desenvolvimento de produto e valorização de resíduos, seguindo uma tendência entre as Empresas Juniores voltadas para inovação.

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